Para a maioria dos brasileiros, o futebol não é apenas um esporte para se ver no final de semana. É um estilo de vida, algo que une as pessoas. Mesmo que essa "união" se limite a este esporte.
Futebol, principalmente para o público masculino, é um meio de fazer e manter amizades. É um assunto que pode ser comentado com pessoas que nem conhecemos. Chegue para um desconhecido e comente sobre o jogo do dia anterior: bingo! Uma amizade iniciada.
É realmente isso que fascina as pessoas no Brasil, já que, pensando bem, o futebol em si não é tão atraente a ponto de ter essa popularização toda e se tornar absurdamente hegemônico, a ponto de sufocar os outros esportes na preferência das pessoas.
Afinal, como é que uma população exigente e excludente, vai gostar de um esporte caracterizado por ter como ídolos um monte de cidadãos de baixíssima escolaridade e que ganham fortunas sem ter pego em um livro? Só o poder sociabilizador do futebol pode explicar isso.
Como é que de 4 em 4 anos, a população inteira abandona seus afazeres para assumir o papel ridículo de sair nas ruas com uma camiseta amarela e gritando sem motivo justo? Só o poder sociabilizador do futebol pode explicar isso.
O brasileiro já é um Maria-vai-com-as-outras em vários setores da humanidade: pela sociabilização, é capaz inclusive de abrir mão da própria personalidade e do próprio prazer para aderir a algo que tenha aceitação maciça da população. Ideias, gostos, convicções, para o brasileiro, é sempre legal fazer o que a maioria faz, senão fica sozinho. Ou seja, o medo da solidão apavora mais do que qualquer coisa. A sociabilização em si se torna mais importante até do que o prazer em fazer algo. E curtir futebol, gostando ou não, se torna bastante crucial para a sociabilização de qualquer cidadão brasileiro.
Numa enquete na comunidade Odeio Futebol no Orkut, foi feita uma pesquisa sobre pessoas que não curtem futebol, mas atraem outras que curtem. Algumas alternativas se referiam a conquistar pessoas que gostam e outras que naõ gostam de futebol. Advinha qual a alternativa que está disparando? "Não atraio ninguém".
Isso mostra que não gostar de futebol dificulta até avida afetiva, já que tanto os que gostam quanto os que não gostam de futebol tendem quase sempre a atrair os que gostam. É raro casais onde ambos não gostam de futebol: ou ambos gostam ou pelo menos um gosta.
Chato para quem não gosta, que se sente sempre solitário durante os grandes campeonatos e nas copas, já que quem gosta de futebol não vai abandonar seu esporte favorito para dar atenção ao "amado" que não gosta desse esporte, que magoado ou revoltado, se isola até que o evento se encerre.
E isso entra em contradição com a vocação que o nosso gigantesco país tem para a diversidade, para a democracia, já que obrigar os outros a gostarem de futebol e não entender a recusa de alguns em não aderir, é não respeitar as diferenças e assumir uma sociedade padronizada e por isso, monótona, em que milhões fazem absolutamente uma mesma coisa, sem perceber quão entendiante é a ausência de variedade em nossas vidas.
Futebol, principalmente para o público masculino, é um meio de fazer e manter amizades. É um assunto que pode ser comentado com pessoas que nem conhecemos. Chegue para um desconhecido e comente sobre o jogo do dia anterior: bingo! Uma amizade iniciada.
É realmente isso que fascina as pessoas no Brasil, já que, pensando bem, o futebol em si não é tão atraente a ponto de ter essa popularização toda e se tornar absurdamente hegemônico, a ponto de sufocar os outros esportes na preferência das pessoas.
Afinal, como é que uma população exigente e excludente, vai gostar de um esporte caracterizado por ter como ídolos um monte de cidadãos de baixíssima escolaridade e que ganham fortunas sem ter pego em um livro? Só o poder sociabilizador do futebol pode explicar isso.
Como é que de 4 em 4 anos, a população inteira abandona seus afazeres para assumir o papel ridículo de sair nas ruas com uma camiseta amarela e gritando sem motivo justo? Só o poder sociabilizador do futebol pode explicar isso.
O brasileiro já é um Maria-vai-com-as-outras em vários setores da humanidade: pela sociabilização, é capaz inclusive de abrir mão da própria personalidade e do próprio prazer para aderir a algo que tenha aceitação maciça da população. Ideias, gostos, convicções, para o brasileiro, é sempre legal fazer o que a maioria faz, senão fica sozinho. Ou seja, o medo da solidão apavora mais do que qualquer coisa. A sociabilização em si se torna mais importante até do que o prazer em fazer algo. E curtir futebol, gostando ou não, se torna bastante crucial para a sociabilização de qualquer cidadão brasileiro.
Numa enquete na comunidade Odeio Futebol no Orkut, foi feita uma pesquisa sobre pessoas que não curtem futebol, mas atraem outras que curtem. Algumas alternativas se referiam a conquistar pessoas que gostam e outras que naõ gostam de futebol. Advinha qual a alternativa que está disparando? "Não atraio ninguém".
Isso mostra que não gostar de futebol dificulta até avida afetiva, já que tanto os que gostam quanto os que não gostam de futebol tendem quase sempre a atrair os que gostam. É raro casais onde ambos não gostam de futebol: ou ambos gostam ou pelo menos um gosta.
Chato para quem não gosta, que se sente sempre solitário durante os grandes campeonatos e nas copas, já que quem gosta de futebol não vai abandonar seu esporte favorito para dar atenção ao "amado" que não gosta desse esporte, que magoado ou revoltado, se isola até que o evento se encerre.
E isso entra em contradição com a vocação que o nosso gigantesco país tem para a diversidade, para a democracia, já que obrigar os outros a gostarem de futebol e não entender a recusa de alguns em não aderir, é não respeitar as diferenças e assumir uma sociedade padronizada e por isso, monótona, em que milhões fazem absolutamente uma mesma coisa, sem perceber quão entendiante é a ausência de variedade em nossas vidas.
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