Vivemos numa democracia de maioria. Essa falácia de "país de todos" é conversa para boi dormir. Uma mentira que é desmascarada com o mínimo de observação mais simples.
Mesmo com a mídia e publicidade tendo que reconhecer a "novidade" de existência dos não-torcedores (até o ano passado, pensava-se que o futebol no Brasil era uma unanimidade - e trabalhava-se com frequência se baseando nessa ideia absurda de que brasileiro e torcedor de futebol eram "sinônimos"), governos federais, estaduais e municipais prometem ignorar solenemente quem não curte futebol.
Nenhuma medida em prol dos não-torcedores está sendo tomada e em mais uma copa será ainda no esquema "não gostou, se vire para fugir da copa!", obrigando quem não curte futebol a se virar para se divertir ou para fugir dos berros ensurdecedores de torcedores alvoroçados, loucos pela única oportunidade que a sociedade permite para "soltar seus demônios".
Em mais uma copa, os torcedores ainda serão a prioridade máxima das autoridades, pois até prova o contrário, eles são maioria e em número suficiente para colocar os políticos em seus cargos. Por isso a não necessidade de agradar essa esmagada "minoria" de não torcedores. Se os não torcedores não votarem, não farão falta. Vamos agradar a imensa maioria, pois é ele quem elege, não é mesmo?
Mas esperem um dia a humanidade se amadurecer e perder a mania de colocar as brincadeiras acima de coisas mais relevantes. Se já foi novidade a existência dessa gente conscientizada que quer mostrar que futebol não tem valor, aumenta a cada dia a quantidade de pessoas que se assumem anti-futebol. Aí, agradar torcedores, ignorando um resto, passará a ser um erro fatal que poderá tirar os políticos do poder. Pensem nisso.
Nesta copa teremos que nos virar para fugir dela. Mas nas próximas poderemos precisar de ajuda. Quem se habilita?
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