Todo ano de copa geralmente começa a mesma coisa. Desde o primeiro dia, a mídia corporativa solta uma enxurrada de propagandas indutoras do patriotismo de copa, obrigando os telespectadores a largarem tudo em prol de uma brincadeira praticada por 11 moleques analfabetos. brincadeira travestida de dever cívico irrecusável e inadiável.
Este ano está sendo diferentes. Talvez porque a internet tem tirado o glamour do fanatismo futebolístico ou porque a torcida pela política tenha substituído a do futebol, a hipnose futebolística ainda não começou, salvo poucas e ignoradas exceções (como a campanha da telefônica Vivo). E graças ao evento da farsa jurídica contra Lula, as atenções da população se voltaram a ela, ignorando o tradicional ópio pseudo-patriótico que sempre representou o futebol.
Mas os brasileiros não ficarão muito tempo sem falar sobre futebol. Brasileiros nunca largam as suas zonas de conforto. Parece que o futebol será usado como reação ao que acontecer hoje. Caso seja absolvido.o que é menos provável, visto o comprometimento classista dos juízes do TRF4, o futebol será usado como forma de comemoração. Caso Lula seja condenado, o futebol será usado como compensação.
O que se sabe que, para quem não curte futebol, ano de copa é ano sem sossego, com muita gritaria, barulhos e conversas monotemáticas com amigos e colegas de trabalho. E em 2018 isso não vai mudar. Durma-se com um barulho desses. Até porque seria bom demais ver os brasileiros se amadurecendo e deixando de priorizar uma reles brincadeira de correr atrás de uma bola.
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