quarta-feira, 14 de março de 2018

A relação de amor e de ódio entre as esquerdas e o Neymar

As esquerdas odeiam o Neymar. As esquerdas amam o Neymar. Neymar é corrupto e direitista. Mas Neymar é o "herói" que trará dignidade para a "nação". Pois o país da criança infantil de apenas 518 aninhos quer brincadeira e para esta nação ainda na plena infância, o título no futebol é mais importante que qualquer coisa. O resto, a gente se vira.

É estranho ver esta relação que as forças progressistas tem de amor e de ódio a uma mesma pessoa. Neymar exerce este estranho fascínio dúbio. Quase todos os esquerdistas gostam - ou fingem gostar, pois futebol é dever cívico-social - de futebol. Para eles a vitória em uma copa tem a importância de uma assunto de extrema seriedade. A "seleção" é um exército, jogadores são soldados, o técnico é um general e a copa é uma guerra. A vitória na copa tem uma importância gigantesca para brasileiros.

E porque odiar quem tem a maior capacidade de dar ao povo infantil a vitória na guerra lúdica? Se Lula é definitivamente quem tem maiores condições de anular o golpe, Neymar, mesmo aecísta de carteirinha, é  que te as condições de vitórias no futebol. A saída dele, por um suposto ferimento durante um jogo anterior, foi uma incontestável causa do 7x1 sofrido na copa brasileira de 2014, que gerou muitos chiliques nas mentes dos alienados torcedores até hoje. 

Estranho seria ver esquerdistas que adoram futebol assumirem uma aversão a Neymar, se ele é o único jogador com condições técnicas de garantir uma vitória, porque odiá-lo? sabemos que o futebol é o mais capitalista dos esportes e que o vício dos esquerdistas pela modalidade se dá por exigência social, pois brasileiros que não gostam de futebol são condenados a amargar um isolamento social, principalmente durante períodos de copa futebolística.

Sinceramente, ou os esquerdistas procuram outro esporte para curtir - mudar hábitos faz parte do progressismo alegado pelas esquerdas, senão estaríamos vestidos de indígena ate hoje - ou assumem o seu amor pelo direitista Neymar e seu esporte mais do que direitista. Esporte  cujos "cartolas" exercem muito bem o papel de fadas-madrinhas, transformando um esporte de várzea em algo artificialmente mágico e sedutor 

Faz parte do conservadorismo brasileiro o culto ao futebol e recusar a admitir isso e fugir da realidade. Há esportes bem mais progressistas e criativos que o futebol. Mas o nosso apego ao futebol é uma prova de que as forças de esquerda ainda tem um profundo ranço conservador de que precisam se livrar.

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