No próximo dia 05 de agosto, vai começar o evento conhecido como "Jogos Olímpicos". Um supérfluo tratado como prioridade máxima baseando no mito de que vai trazer mais dinheiro para circular no país. O que não é verdade, pois os patrocinadores, empresas com sede em outros países abocanharão os lucros que serão enviados às suas matrizes. E esqueçam: o governo receberá pouco dinheiro e o destinará para pagar dívidas.
Mas o povo brasileiro gosta de festa e todos estão animados com inúteis tochas sendo carregadas por incautos que enxergam importância séria num ato que de fato não passa de sua função lúdica. Uma reles brincadeira a entreter desocupados. Um cara tentou devolver a multidão à realidade apagando a tocha olímpica com extintor de incêndio e foi preso por "danos ao patrimônio público". Tocha Olímpica, "patrimônio público"? Ora, pensam que somos trouxas!
A Olimpíada sempre foi menos prestigiada pelos brasileiros que as copas de futebol - brasileiro só gosta de futebol, sua razão de ser, e de mais nada. O que leva a crer que, se a copa de 2014, prioridade máxima e uma monstruosidade quase "cívica", foi uma verdadeira merda, não há nada que faça essa Olimpíada ser melhor, a não ser uma zebra bem grande e gorda.
A desorganização da edução carioca do evento já começa a aparecer. A equipe australiana já reclamou da precariedade dos seus aposentos, que não diferem muito dos prédios abandonados de Chernobyl, na Ucrânia, cidade devastada pelo famoso acidente radioativo. O prefeito Eduardo Paes, especialista em dizer asneiras, falou que os aposentos são melhores que os de Sydney. Vai falar isso justamente para quem veio de lá e sabe como eram as condições na cidade australiana?
Para piorar, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que defendeu traficantes e gostava de mandar a polícia espancar estudantes, simulou uma captura de supostos terroristas (um deles um reles vendedor de galinhas) para criar medo coletivo e mostrar serviço. Isso é coisa que uma autoridade que deveria ser responsável seja capaz de fazer? Se bem que desse governinho temeroso se espera tudo, menos sensatez.
Quando esse carnaval da competitividade se encerrar após o última pessoa com necessidades especiais ir embora do país após as Para-olimpíadas (que considero muito mais interessantes que as Olimpíadas - ali se mostra a verdadeira superação humana), aí sim veremos se o Rio de Janeiro ganhou sua medalha de ouro na organização de um evento desse porte e na oferta de infra-estrutura de acomodação para atletas, turistas e moradores.
Acho pouco provável. Melhor o prefeito pendurar sua medalha de lata, ir embora desta cidade e torcer para o espancador de mulher ou os seus concorrentes mais bizarros não tomarem o seu lugar.
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