segunda-feira, 4 de junho de 2018

Com Brasil em frangalhos, esquerda foca a copa

Desde 2016 o Brasil não é mais um país. Arrasado, sem soberania e sem direitos, resta-nos a admitir que não temos mais um país. Brasil desde já é o nome de um time de futebol.  Um reles time de futebol.

Sim. Brasil se resume a 11 bonecos vestidos de amarelo a correr na grama atrás de uma bolinha para ver se faz uma multidão histérica berrar feito alce no cio. 

E pelo jeito as forças progressistas estão cientes disso, num verdadeiro ato de bandeira branca diante dos golpistas que patrocinam a"seleção" na copa. É nítido o fato de que os esquerdistas resolveram deixar a política de fato e aderir de vez a sua famosa cocaína: o fanatismo futebolístico. 

Até porque se não somos bons em nada - porque o Tio Sam nunca nos deixou ser alguma coisa - pelo menos parecemos ser bons no futebol. Mesmo que cartolas soltem verdadeiras fortunas a serem dadas a adversários para perderem e manter a magia que transforma 11 analfabetos em soldados a lutar pela pátria. Sem guerra de verdade, lutemos para vencer a guerra de mentirinha.

Vários portais de esquerda decidiram criar seus "debates-bola" na tentativa de prender os seguidores da esquerda no seu viciante ópio social. Uma verdadeira e monumental chatice. Mais chato que jogo de futebol é debate sobre futebol. Os esquerdistas se esqueceram que é chato ficar durante uma hora discutindo o sexo da bola quando temos muitos problemas sérios para resolver.

Pelo jeito esses debates de "esquerda" devem ser ainda mais chatos que os debates futebolísticos da mídia corporativa, que dão um verdadeiro show de chatice, driblando o bom senso e fazendo a minha paciência perder de goleada. Enquanto eu quebro a minha cabeça para pagar contas altas com um misero salário, lá vem uns bobos falar em drible de fulano contra sicrano como se isso fosse mudar o mundo.

Sei que é importante de vez em quando esquecer dos problemas e pensar em se relaxar através do lazer. Mas não é nisso que pensam os histéricos fanáticos em futebol, loucos para berrar e usar o futebol como uma compensação artificial e postiça para o nosso fracasso na economia e na política. Afinal, para quem gosta, futebol é um baita desabafo, sendo uma oportunidade de berrar sem cometer gafes. Além de ser um símbolo cívico a forjar um otimismo ilusório.

Ou seja, futebol não é diversão para quem quer relaxar. É adrenalina - palavra usada para denominar o stress positivo - um meio de desocupados se agitarem para criar alguma movimentação para a vida tediosa de um mundo sem diversidades. A propósito, onde está a diversidade no gosto pelo esporte? Só existe o futebol? E as outras modalidades? Onde estão?

Mas sinceramente não é hora de pensarmos em futebol. Pelo menos como prioridade. assistamos aos jogos, mas sabendo que a alegria será falsa e momentânea. Futebol nunca deixou de ser e nem vai deixar de ser um mero lazer. Uma diversão. Uma brincadeira. E pelo que sei brincadeiras nunca mudaram o mundo, nunca fizeram história.

Por causa de uma brincadeira, podermos ver o Brasil se afundar ainda mais. É isso que a plutocracia deseja. Que nos distraiamos no futebol enquanto perdemos ainda mais a soberania. A vitória no futebol nuca foi a vitória do Brasil no mundo real. A direita sabe disso. Falta a esquerda abrir os olhos. Porque a vitória no futebol é na verdadeiro tremendo gol contra a nossa dignidade.

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