quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Exclusivo: Classificação da Seleção Brasileira para a copa de 2018 faz parte do Golpe

Normalmente as pessoas costumam dissociar o lazer do processo de manipulação ideológica das massas. Mas o que é fato é que o lazer é sim um instrumento de manipulação, pois o tempo livre é o único em que uma pessoa não está sob influência de outra e é preciso manter o seu controle para evitar o surgimento de subversivos que possam mudar o sistema, impedindo a ganância dos privilegiados e dos donos do poder.

Até hoje muita gente não acredita que o futebol é o melhor instrumento de manipulação, junto com a religiosidade. Como seu estereótipo está ligado a valores positivos, muita gente cai na armadilha de acreditar que o futebol nada tem de manipulador ideológico, sendo uma forma sadia de lazer a ser curtida por pessoas de todos os tipos, incluindo as mais conscientizadas. 

Nos primórdios do futebol brasileiro, há mais de 100 anos atrás, isso poderia ser verdade. Mas a capacidade hipnótica do futebol, hoje consagrado como maior agregador social do povo brasileiro, o que faz com que muita gente se sinta obrigada a gostar (ou fingir gostar) da modalidade e também com que a mesma seja altamente lucrativa, além de desviar a atenção de um povo que vê na modalidade o civismo que não consegue ver em setores menos supérfluos.

O fato de ser o maior agregador social e de ser estigmatizado como "dever cívico" fazem com que o futebol, depois dos commodities, seja o nosso único produto de exportação. O golpe impediu que o Brasil pudesse se evoluir em outros setores. 

Mas golpistas sabem que o futebol é extremamente importante para anestesiar a população e impedi-la de manifestações mais corajosas. Por isso que foi importante manter o Brasil como pátria de chuteiras e manter o mito de que "somos bons somente no futebol", para que a adoração pela modalidade substitua o verdadeiro civismo.

"Seleção" na deveria ir a copa de 2018, segundo especialistas

Apesar de críticas sensatas serem feitas às atuações cada vez mais medíocres da "seleção", sem um time realmente bom desde 1986 e que  desde então só ganhou campeonatos através de trapaças, graças a "jogadas" secretas, mas eficientes, comandadas por cartolas e patrocinadores, muitos insistem em priorizar o futebol. A "seleção" teria que ir a copa de qualquer maneira.

Desde o final dos anos 80, a "seleção" se tornou um fenômeno midiático, com jogadores estrelas e com objetivos mercenários. Surgiu a era dos jogadores-magnatas muito mais preocupados em aparecer do que em jogar. Mesmo jogando mal e vencendo de forma desonesta, a publicidade se tratava de manter uma aura de "perfeição" na atuação esportiva dos jogadores. 

Isso ocorre porque a publicidade acaba se aproveitando que pouquíssimos torcedores entendiam da parte técnica da modalidade, preferindo assistir aos jogos como quem assiste a uma missa, com sacerdotes messiânicos em campo. mesmo jogando ruim, se conseguir vencer o jogo e trazer o "caneco" já bastaria para que a população infantilizada que prioriza o que não passa de mera brincadeira, ficasse satisfeita e considerasse como cumprido o suposto dever cívico.

Mas a escassez de qualidade profissional dos jogadores brasileiros poderia impedir a "seleção" de ir a esta copa, aproveitando a ausência para se aperfeiçoar e jogar em próximas copas com qualidade profissional, sem apelar para a mitologia e sem cometer atos desonestos como pagar adversários para perder como aconteceu em 2002 com uma estranha invencibilidade com atuações, na melhor das hipóteses, nada além de medíocres.

Mas a campanha pela mitologia do "futebol-civismo" ainda se mantém de forma insistente, mesmo com atuações medíocres. O mito segue como se a dignidade do povo brasileiro dependesse da vitória da "seleção" em um campeonato. Fato comprovado como impossível, pois a "seleção" é pentacampeã e isso não influiu em nada na melhoria em outros setores. É como se uma escola pudesse ser considerada a melhor em qualidade de ensino por causa da vitória em varias gincanas.

Analisei cuidadosamente alguns aspectos, ligando alguns fatos e concluí que o golpe não teria sentido se a "seleção" não fosse a copa em 2018. Lembrando que estamos em uma ditadura e que em 1970, o ditador Emílio Garrastazu Médici se autopromoveu às custas da vitória na copa de então, percebe que o futebol é essencial para que tiranos possam ser facilmente aceitos e obedecidos pela população brasileira sedenta por bola na trave.

Sabemos muito bem que em anos de copa, os seis primeiros meses são ocupados pela expectativa da participação da "seleção" na copa vigente. O Brasil tem apenas um pouco mais de 500 anos e nosso povo é confirmadamente infantilizado, o que o faz priorizar o lazer e detrimento de coisas sérias. A não ida do futebol brasileiro a uma copa seria desastroso em tempos difíceis como o do golpe atual.

Patrocinadores da "seleção" patrocinaram o Golpe de 2016

Um detalhe que a população não percebeu, muito menos a esquerda deslumbrada pelo futebol, é que os patrocinadores oficiais da "seleção" são os mesmos patrocinadores do golpe. Este detalhe é extremamente importante para entender que a entrada da "seleção"na copa da Rússia é importante complemento para reforçar a estabilização do golpe.

É ingenuidade achar que o futebol poderia manter a sua magia sem patrocinadores e cartolas. O futebol é claramente de direita e se os esquerdistas ainda acreditam no patriotismo de copa, estão fugindo da realidade e desviando o seu foco de assuntos mais sérios. Sem cartolas e patrocinadores, o futebol brasileiro retorna às várzeas e Neymar volta a ser aquele garoto feioso de outrora.

Para não dizer que isso é uma invenção minha, basta uma boa pesquisada em vários fatos que relacionam política e futebol para percebermos que a modalidade é importante peça para o golpe. Senão os coxinhas não teriam usado camisetas da "seleção" em seus protestos, o que mostra que os brasileiros ainda consideram o futebol em copas como dever cívico, como se a "seleção se confundisse como a própria nação.

Imaginem uma copa sem a "seleção" e pensem muito bem se a entrada do "Brasil" na copa de 2018 será bem útil para que as pessoas pudessem abraçar os golpistas e perdoá-los, pois se destroem a nação e preservam a "seleção" significa que nem tudo parece perdido. Pelo menos é o que se passa na mente dos alienados que acham que o futebol é tudo. 

Para os mais conscientizados, essa acomodação futebolística disfarçada de dever cívico é uma tragédia a mais para destruir o nosso país. É possível que o país todo se exploda, sobrando apenas a taça conquistada pela "seleção" na copa. Se o Maracanã ficar de pé, "tudo estará tranquilo" para Temer, sua equipe e o povo que finge odiá-lo.

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