quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Ditadura do Golpe de 2016 usará futebol para compensar maldades

Brasileiros ainda são um povo ainda imaturo. Como crianças, priorizam brincadeiras em detrimento de assuntos sérios. A seriedade ainda é confundida com "mau humor". Esta priorização da brincadeira é que faz com que o futebol seja transformado em dever cívico. 

Se não somos o único povo a ser fanático por futebol, pelo menos somos o único que confunde futebol com patriotismo. Os coxinhas com a camiseta da CBF não me deixam mentir. E o desejo quase paranoico das esquerdas pela vitória da "seleção" na copa, somado ao cacoete de usar o futebol para explicar tudo completam a comprovação da infantil confusão entre futebol e pátria.

Ingenuamente todos preferem ignorar que o fanatismo pelo futebol é uma hipnose midiática. O futebol em si não possui atrativos capazes de o transformar em uma histérica unanimidade. A popularidade do futebol é garantida pelos enxertos que lhe são embutidos, pelas próteses que dão magia a algo que nasceu para ser uma mera brincadeira de final de semana.

Mas o estrago foi feito e o senso comum elegeu o futebol a única - pasme, a ÚNICA - forma de patriotismo entendida por grande parte da população. Para muitos, a vitória do futebol brasileiro em copas é muito mais importante que a melhoria de qualidade de vida. Mesmo para quem quer qualidade de vida, como os esquerdistas, a vitória do futebol não é considerada supérflua. Não é coincidência o aumento de suicídios de brasileiros quando a "seleção canarinho" perde em copas.

A alegria de um povo triste

Este apego doentio ao futebol será bem útil para os golpistas. Instituições apoiadas por aqueles que, cientes do mito da 'pátria de chuteiras", usaram a camiseta da CBF nos protestos contra a democracia, te uma verdadeira carta na manga para compensar as maldades que mataram os direitos da população e arrasaram com a soberania nacional: o fanatismo pelo futebol.

Como aconteceu em 1970, o futebol será um excelente instrumento anestésico contra  imensa dor que se instalou no Brasil desde 2016. E bem provável que comprem adversários para perder, favorecendo a vitória da "seleção" na copa da Rússia. Se compraram em 2002 - mito nada comentado sequer pelos esquerdistas brasileiros, ainda grudados no falso mito do "melhor futebol do mundo" - porque não comprar agora?

O futebol será um bom instrumento de consolo para os brasileiros que perderam direitos porque a população brasileira foi "educada" (leia-se manipulada, programada) a desejar que a vitória do futebol traz dignidade ao povo. Ser o melhor no futebol passou a ser meta de quase todo, inclusive para as esquerdas, que frequentemente ignoram  fato do futebol não passar de mera forma de lazer.

Imagine só: somos piores em tudo, mas tem uma coisa que "sabemos fazer melhor que os outros" que é correr atras de uma bola. Que lindo! Enquanto outras nações são melhores em resolver problemas e desenvolver sociedades inteiras, somos os melhores em correr atrás de uma bola. É preciso ser ingênuo como uma criança de 3 anos de idade para aceitar isso como vantagem dos brasileiros diante dos outros povos. É baixar drasticamente a autoestima.

O futebol será a grande compensação para os brasileiros descontentes com os rumos da economia brasileira, hoje funcionando exclusivamente para preservar a vida nababesca de magnatas estrangeiros que pagaram o golpe para impedir que o Brasil se desenvolva e ameace as poderosas corporações estrangeiras que ditam os rumos da política em todo o mundo.

Mas a população não se importa. O que importa mesmo é ser o melhor no futebol. Mesmo que seja de mentirinha. Enquanto a sociedade brasileira, um bebê de pouco mais de 500 anos, não amadurecer, uma mera brincadeira de criança será seu maior orgulho e prioridade máxima. O Brasil pode até explodir, mas se trouxer mais um "caneco" para casa, tudo estará na santa paz. Comemoremos alegremente o título nem que tenha que ser sobre escombros.

E para quem pensa que é coincidência copas ocorrerem em anos de eleição presidencial alerto que o resultado do desempenho da "seleção" em copas influencia o modo como os brasileiros escolhem quem governará o país. Daqui a pouco a confusão vai às últimas consequências e estaremos elegendo Neymar para presidente da república. E não pense que não existe quem goste dessa ideia...

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