segunda-feira, 18 de junho de 2018

Os brasileiros poderiam ter escolhido uma forma de consenso menos barulhenta

Para os brasileiros, futebol é prioridade máxima. Com apenas 518 anos de idade, o Brasil ainda se encontra dentro da mais tenra infância, diante de nações milenares. normal agir como criança e colocar a brincadeira acima de assuntos mais sérios. Com o tempo amadureceremos. Quando? Eu não sei.

Nada tenho contra o futebol. Quer curtir futebol, curta. Só me incomoda três coisas:
- A colocação do futebol como prioridade;
- O barulho infernal provocado pela torcida;
- Torcedores chatos que só vivem falando de futebol e me obrigam a gostar do mesmo.

Caramba, como o futebol é esporte de gente chata e disposta a chatear os outros. Mas ninguém chama de chato por se tratar de imensa maioria. O senso comum não considera errado o erro cometido pela maioria. Se a maioria erra, ela não erra porque é maioria. Pois seguir a manada é a coisa mais certa a fazer. Mesmo que o destino da manada seja se espatifar no despenhadeiro. Algo tolerável em um país sem soberania onde os brasileiros estão acostumados a sofrer.

Torcedor é gente muito chata. Pior que quando reclamo, o chato sou eu. Não sou eu que vivo fazendo barulho. Não sou eu que converso usando o monotema futebol como assunto. Não sou eu que fico obrigando os outros e entrarem na minha. Eu não chateio ninguém, mas eu que sou o chato? Que chato!

Será que não havia outro tipo de hobby para ser a "paixão nacional"? Um hobby menos barulhento. Música erudita por exemplo? Porque a mídia não estipula como tradição nacional o gosto pela musica erudita? Música erudita não chateia, não estoura os tímpanos e não irrita. Muita gente não gosta, mas eu adoro música erudita (das boas, com orquestras de verdade e não as palhaçadas popularescas regidas pelo Andre Rieu). A verdadeira música erudita é um excelente relaxante.

Outra "paixão nacional" poderia ser as caminhadas pela natureza, conhecidas como trekking. Aí multidões imensas iriam para um lugar meio distante dos centros e iriam fazer as suas farras lá, deixando as cidades bem silenciosas. Todos ganhariam: o adepto do trekking ganharia companhia e segurança e o não adepto ganharia o sossego. Simples assim.

Mas como a realidade não é boa nem linda, vou ter que aguentar a histeria da copa nos jogos do supérfluo futebol. Os brasileiros detestam sossego e tranquilidade e quem gosta de sossego que se vire para ter, pois ninguém está disposto a colaborar para um país mais tranquilo e pacífico.

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